Hoje fui ver a Exposição dos vencedores da World Press Photo que começou aqui no Rio de Janeiro, mais precisamente na Caixa Cultural (http://www.caixacultural.com.br/html/main.html). Já havia reparado que nos outros anos o tema “desgraças” era recorrente nas fotografias vencedoras. Mas tive a impressão que nesse ano o tema foi mais predominante. Me arrisco a dizer que 70% a 80% tem como temática algum tipo de fatalidade, seja de guerra, violência ou desastres naturais. Até mesmo duas das vencedoras na categoria esportes tem esse foco. Acredito que uma das funções do Fotojornalismo seja mesmo de mostrar e denunciar, mas será que é só isso? Onde estão as fotografias em que o Fotógrafo se esmerou para captar um ângulo diferente para ironizar a política, por exemplo. O cotidiano é só desgraça? Porque essa onda de associar Fotojornalismo a desastres, guerras, violência, miséria etc. Quem quiser conhecer as fotografias vencedoras pode fazê-lo por esse link http://www.worldpressphoto.org/index.php?option=com_photogallery&task=blogsection&id=21&Itemid=292
Talvez, lamentavelmente, seja pelo apelo maior que esse tipo de fotografia tem. Ou pelo menos a facilidade de despertar sentimentos e reações (pena, principalmente) com elas. Uma foto de fundo político, por exemplo, exige mais reflexão e percepção. Então, muitos seguem o caminho mais fácil. Ou pelo menos os júris.